UFSC Orgulhosamente Diversa

06/06/2023 12:22

Junho é um mês especial para a comunidade LGBTQIA+ ao redor do mundo, pois é considerado o Mês do Orgulho LGBTQIA+. Essa celebração é um marco importante na luta por igualdade, respeito e direitos para todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero ou expressão de gênero.

A história por trás do Mês do Orgulho remonta a eventos cruciais que ocorreram em junho de 1969, no Stonewall Inn, um bar frequentado por muitos membros da comunidade LGBTQIA+ na cidade de Nova York. Naquela época, ser abertamente LGBTQIA+ era ilegal e frequentemente resultava em perseguição e violência por parte das autoridades.

No entanto, naquela fatídica noite de 28 de junho de 1969, a comunidade LGBTQIA+ se uniu e resistiu às ações discriminatórias da polícia. O levante de Stonewall, como ficou conhecido, foi um ponto de virada para a luta pelos direitos LGBTQIA+. Esses eventos inspiraram a criação de organizações e movimentos em prol da igualdade e da visibilidade dessa comunidade.

Desde então, o mês de junho tem sido um momento de celebração, ativismo e reflexão para a comunidade LGBTQIA+ e seus aliados. O objetivo é promover a igualdade, aumentar a conscientização e combater a discriminação em todas as suas formas.

Durante esse mês, paradas do orgulho LGBTQIA+ são realizadas em várias cidades ao redor do mundo. Essas paradas são coloridas, alegres e cheias de amor e aceitação. Elas representam a diversidade da comunidade LGBTQIA+ e são uma oportunidade para as pessoas se expressarem livremente, celebrarem suas identidades e mostrarem solidariedade.

Além das paradas, diversas outras atividades e eventos são organizados, como palestras, festivais de cinema, exposições artísticas e debates, abordando questões relevantes para a comunidade LGBTQIA+. Essas iniciativas visam educar a sociedade, promover a inclusão e encorajar a aceitação das pessoas LGBTQIA+ em todos os aspectos da vida.

É importante ressaltar que o Mês do Orgulho LGBTQIA+ não se trata apenas de festividades, mas também de reconhecer a luta contínua pela igualdade. Ainda existem desafios a serem enfrentados, como a discriminação, o preconceito e a violência contra pessoas LGBTQIA+. É fundamental que todos se unam nesse movimento, aliados à comunidade LGBTQIA+, para promover uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.

Portanto, o mês de junho é uma época de comemoração e reflexão, um momento para honrar as conquistas da comunidade LGBTQIA+ e renovar o compromisso de lutar por uma sociedade que valorize e respeite a diversidade. Que esse mês seja um lembrete de que o amor e a aceitação devem prevalecer, não apenas em junho, mas durante todo o ano.

17 de maio: Dia Internacional contra a LGBTfobia

17/05/2023 11:09

Um chamado urgente por equidade, respeito e dignidade para todas as pessoas

No dia 17 de maio, o mundo se une em um esforço coletivo para combater a LGBTfobia, um fenômeno alarmante que afeta a vida de milhões de pessoas em todo o planeta. Esta data representa um marco na luta pelos direitos e pela igualdade para todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

A LGBTfobia é um termo amplo que engloba todas as formas de discriminação, preconceito, violência e marginalização direcionadas a lésbicas, gays, bissexuais, pessoas transgênero e outras identidades da comunidade LGBTQIA+. Infelizmente, essa forma de discriminação persiste em várias partes do mundo, e é fundamental lembrar que sua existência é uma violação dos direitos humanos.

A escolha do dia 17 de maio como o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia remonta a 1990, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais. Essa decisão histórica foi um passo importante para desafiar o estigma e a discriminação, mas ainda há muito a ser feito.

No dia 17 de maio, organizações, ativistas e defensores dos direitos LGBTQIA+ em todo o mundo se mobilizam para promover a conscientização, educar a sociedade e combater o preconceito. Eventos, manifestações, palestras e campanhas são realizados com o objetivo de denunciar a discriminação, oferecer suporte às vítimas e promover a igualdade.

A implementação de leis antidiscriminação, a promoção de programas educacionais inclusivos e a conscientização em todos os setores da sociedade são passos importantes no enfrentamento das diversas formas de violência. Além disso, a solidariedade e o apoio de pessoas aliadas são vitais nesta luta, todos podem e devem se posicionar contra a discriminação.

Neste dia, devemos refletir sobre a importância de respeitar a diversidade humana em todas as suas formas. Cada indivíduo merece viver com dignidade, segurança e liberdade, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

Sabemos que a batalha contra a LGBTfobia não se limita a um único dia, mas sim a um compromisso contínuo. É necessário que todos se engajem ativamente na promoção da igualdade, na defesa dos direitos LGBTQIA+ e na construção de um mundo onde todas as pessoas sejam valorizadas por quem são.

Ao celebrar o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, lembramos das conquistas alcançadas, mas também reconhecemos os desafios persistentes que ainda enfrentamos. A luta por equidade e justiça é contínua, e cada um de nós tem um papel a desempenhar.

No Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, reafirmamos nosso compromisso com os valores de respeito, equidade e dignidade para todas as pessoas LGBTQIA+. Juntos, podemos criar um futuro onde a LGBTfobia seja coisa do passado e a diversidade seja celebrada em sua plenitude.

VI Cura ou não Cura?

08/05/2023 18:44

VI Cura ou não Cura?

No dia 17/05, é celebrado o dia internacional de luta contra a LGBTfobia, data que marca a exclusão das homossexualidades da Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1992. Portanto, o mês de maio é extremamente importante para celebrar a luta LGBTQIA+ contra a patologização de suas identidades e o preconceito, violência e discriminação.

Te convidamos para participar do nosso cinedebate da sexta edição do Cura ou não Cura, que exibirá o filme “Selma depois da chuva” e contará com a presença especial de Selma Bastos, da Assessoria de políticas públicas para pessoas LGBTQIA+ da Prefeitura Municipal de Florianópolis que inspirou este filme.

Será no dia 17/05, quarta-feira, às 15h no auditório da BU. Contamos com a sua presença!

Projeto Yoga Extensão oferece aulas de Iyengar Yoga

08/05/2023 18:39

Projeto Yoga Extensão oferece aulas de Iyengar Yoga
>> SOBRE AS AULAS
Dias/horário: Segunda e quarta de 12h15 às 13h15
Local: Antigo complexo dos Volantes (onde era a academia, em cima do restaurante, que agora se encontra fechado), em frente à Reitoria 2
Data de início: 17/05/23
* Duas ou mais faltas injustificadas poderão levar ao desligamento do projeto. Cada caso será analisado individualmente.

>> SOBRE AS VAGAS
Serão abertas 24 vagas para toda a UFSC – 4 para cada categoria:
1- TAEs, 2- docentes, 3- alunos/as de graduação, 4- alunos/as de pós, 5- terceirizados e 6- Volantes, sendo que 50% das vagas seguirão o critério da livre concorrência e 50%, preferencialmente, o das ações afirmativas.
O processo de atribuição das vagas de ações afirmativas será acompanhado por uma servidora da equipe da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidades (PROAFE), sendo analisados caso a caso.

>> SOBRE AS INSCRIÇÕES E A SELEÇÃO
As inscrições serão presenciais e a distribuição das vagas se dará por sorteio.
Data/horário (inscrições): 15/05/23 de 12h15 às 13h
Local: Antigo complexo dos Volantes (onde era a academia, em cima do restaurante, que agora se encontra fechado), em frente à Reitoria 2, seguidas de sorteio.

Denúncias

24/04/2023 15:07

Orientações sobre denúncias:

Ouvidoria é o canal oficial de recebimento de denúncias na UFSC. As denúncias devem ser registradas na plataforma Fala.Br, que é o  sistema utilizado pela Ouvidoria e serve para encaminhamento e acompanhamento de manifestações (acesso à informação, denúncias, reclamações, solicitações, sugestões, elogios e simplificações).

Lembre-se de alguns pontos importantes:

1 – Incluir toda e qualquer informação que você tiver.

2 –  Quanto mais detalhes melhor (descrever os fatos, incluir a data, horário aproximado, o local da ocorrência e, quando possível, indicar nomes de pessoas envolvidas).

3 – Sempre que possível anexe provas (por exemplo: fotos, prints e indique nomes de testemunhas).

Seguindo esses passos, as denúncias serão encaminhadas e apuradas pelos órgãos competentes.

Não se cale!

8 de Março – Dia Internacional da Mulher

08/03/2023 12:51

O Dia Internacional da Mulher é celebrado anualmente em 8 de março. Essa data tem como objetivo lembrar a luta das mulheres por igualdade de direitos, oportunidades e justiça social. A origem da celebração remonta ao início do século XX, quando mulheres de diversos países se uniram em manifestações e protestos por melhores condições de trabalho, direito ao voto, entre outras reivindicações.

Desde então, a data se tornou símbolo de resistência e empoderamento feminino, além de ser um momento de reflexão sobre a luta pela igualdade de gênero e o papel das mulheres na sociedade. É importante lembrar que ainda há muitos desafios a serem enfrentados, como a violência contra a mulher, a desigualdade salarial e a falta de representatividade feminina em cargos de poder.

Por isso, esta é uma data para celebrar as conquistas alcançadas pelas mulheres ao longo dos anos e para continuar lutando por um futuro mais igualitário e justo para todas as pessoas.

Imagem: Reprodução jornal Brasil de Fato

No Brasil, o Dia Internacional da Mulher é celebrado com diversas manifestações e eventos em todo o país. Embora as mulheres brasileiras tenham conquistado importantes avanços nas últimas décadas, ainda enfrentam desafios em relação à igualdade de gênero e à proteção de seus direitos.

A violência contra as mulheres é um dos principais problemas enfrentados no Brasil, com altos índices de feminicídio, agressões físicas e psicológicas. Além disso, a desigualdade salarial entre homens e mulheres persiste, com as mulheres ganhando em média menos que os homens na mesma posição e com a mesma qualificação.

No entanto, as mulheres brasileiras têm se mobilizado cada vez mais para enfrentar esses desafios, e a luta feminista tem ganhado força nos últimos anos. Movimentos como o #MeToo e o #EleNão têm sido importantes para denunciar a violência contra as mulheres e exigir mudanças na legislação e na cultura.

Além disso, cada vez mais mulheres têm ocupado posições de destaque na política, na cultura e nos negócios, o que tem contribuído para a representatividade feminina em espaços de poder. O Dia Internacional da Mulher no contexto brasileiro é, portanto, uma data para celebrar as conquistas das mulheres, mas também para reafirmar a luta por um país mais igualitário e justo para todas as pessoas.

A importância da luta das mulheres no contexto universitário 

A luta das mulheres no contexto universitário é de extrema importância, pois o ambiente acadêmico pode ser um espaço de reprodução de desigualdades de gênero e de perpetuação de estereótipos sexistas.

Imagem: Reprodução jornal Brasil de Fato

Historicamente, as mulheres enfrentaram barreiras para acessar a educação superior, sendo que muitas vezes lhes era negado o direito à formação acadêmica. No entanto, nas últimas décadas, houve uma crescente participação das mulheres no ensino superior, o que tem contribuído para a transformação da sociedade como um todo.

No entanto, apesar da maior presença feminina nas universidades, ainda há muitos desafios a serem enfrentados. A desigualdade de gênero persiste em diversas áreas, como na escolha de cursos considerados “femininos” ou “masculinos”, no acesso a cargos de liderança, na remuneração, entre outras.

Por isso, a luta das mulheres no contexto universitário é importante para garantir a igualdade de oportunidades e o respeito aos direitos femininos. As estudantes e profissionais do meio acadêmico têm papel fundamental na denúncia de casos de discriminação de gênero e na promoção da igualdade, além de serem agentes de mudança na sociedade como um todo.

A luta feminista no contexto universitário também pode contribuir para o desenvolvimento de pesquisas e estudos sobre a questão de gênero e para a formação de uma nova geração de profissionais mais conscientes e engajados na luta pela igualdade de gênero.

 

 

Seleção de bolsista – PIBE CDGEN 2023.1

06/03/2023 12:21

Estamos divulgando vaga de estágio não-obrigatório para atuar junto à Equipe CDGEN/PROAFE:

  • Bolsa PIBE – 1 vaga
  • 20h semanais R$ 787,98 + R$220 (aux. transporte)
  • Estágio não-obrigatório modalidade presencial

Requisitos:

  • Estudante de graduação com matrícula regular
  • Não ter FI no semestre anterior
  • IAA igual ou superior a 6
  • Dispor de 20h semanais

Inscrições até 10/03/2023

Enviar carta de interesse por e-mail: cdgen.proafe@contato.ufsc.br

Assunto: BOLSA PIBE 2023.1

Dia Nacional da Visibilidade Trans e políticas de sobrevivência e educação na UFSC

30/01/2023 11:38

 

Dia 29 de janeiro é o Dia Nacional da Visibilidade Trans! A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) celebra a vida das pessoas trans, convida toda a comunidade a refletir sobre a violência histórica que tem impedido a cidadania e a vida das pessoas trans e a se implicar com práticas antidiscriminatórias contínuas na Universidade. 

Essa data decorreu de um ato realizado no dia 29 de janeiro de 2004 no Congresso Nacional por transexuais e travestis, quando foi lançada a campanha “Travesti e respeito: já está na hora dos dois serem vistos juntos. Em casa. Na boate. Na escola. No trabalho. Na vida”! E desde então, a data foi reconhecida como “Dia Nacional da Visibilidade Trans”.

A política de visibilização é fundamental frente a invisibilização sistemática das pessoas trans, que é efeito do não reconhecimento dessas vidas como vidas a serem vividas. Nesse sentido, esta política se põe a dar visibilidade, a intervir no modo como essas pessoas são reconhecidas na sociedade e se põe a colaborar para a efetivação de condições dignas para essas vidas, pois não basta reconhecer a existência, mas produzir condições de vida para as pessoas trans. 

E a UFSC, como instituição comprometida com a sociedade e com a formação de sujeitos vislumbrando a emancipação humana, o que requer uma educação para a multiplicidade, tem expresso na sua política a defesa irrestrita dos direitos humanos. O que estabelece a promoção da erradicação de atos discriminatórios e enfrentamento de todas as formas de desigualdade social. Desde 2016, existe na UFSC o trabalho da Coordenadoria de Diversidade Sexual e Enfrentamento da Violência de Gênero (CDGEN) que, atualmente, faz parte da Pró-reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (PROAFE). Essa instância da Universidade tem atuado com implementação de políticas, coordenação de programas, projetos e atividades, e promoção de campanhas para o enfrentamento da LGBTQIA+fobia e violência contra a mulher.

Gabriela da Silva – mulher trans, estudante pesquisadora de doutorado da UFSC, trabalhou durante 30 anos como professora na Rede Estadual de Educação de Santa Catarina – tem uma relação profunda e histórica com a UFSC, que se deu muito antes de sua entrada no doutorado, por meio de participações em rodas de conversas e seminários do Núcleo de Identidade de Gênero e Subjetividade, além de pesquisas e documentários. A estudante relata: “falar sobre minha experiência vivida, tornou-se algo extremamente empoderador para minha existência, foram momentos de ensino-aprendizagem que me fortaleciam em acreditar que tinha capacidade de ser mais para mim. Os desafios são cotidianos que precisam ser pensados para que possamos sobreviver num universo que não foi construído para nós”. E ressalta:  “ há barreiras que precisam ser transpostas para que nossos saberes sejam referendados dentro dos conhecimentos produzidos na universidade”.

Gabriela da Silva, doutoranda da UFSC

Em relação à sua permanência na Universidade, Gabriela enfatiza a importância da presença e acolhimento de Maria Zanela que lhe apresentou a Universidade e uma rede de amigues. Destaca que o marco para a sua vida na Universidade foi a sua participação na idealização do NeTrans (Núcleo de Estudos e Pesquisas de Travestilidades, Transgeneridades e Transexualidades da UFSC), o primeiro grupo de pesquisa do Brasil criado por estudantes trans. “Acredito que o núcleo possibilitou que outras pessoas se sentissem acolhidas, sendo uma referência na construção de políticas dentro do contexto universitário e que outras pessoas trans se sentiram encorajadas a lutar por seus direitos”

Gabriela destaca: “Não podemos sair da universidade sem perspectiva de transformação de nossa própria realidade que é de sobrevivência. Precisamos travestilizar a universidade para que outras pessoas trans acreditem que podem haver mudança através da escolarização”.

A política de sobrevivência trans ainda precisa ser um imperativo em uma realidade marcada pelo preconceito e violência contra essas vidas. Conforme o Dossiê assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras produzido pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (ANTRA, 2022), no ano de 2021 aconteceram pelo menos 140 assassinatos de pessoas trans, sendo 135 (cento e trinta e cinco) travestis e mulheres transexuais, e cinco casos de homens trans e pessoas transmasculinas. A pesquisa notifica que a média dos anos considerados nesta pesquisa (2008 a 2021) foi de 123,8 assassinatos/ano. Ressalta que apenas no ano de 2021 foram encontrados 140 casos.

Em relação à escolarização da população trans, estima-se que cerca de 0,02% estão na universidade, 72% não possuem o ensino médio e 56% o ensino fundamental, estes são dados do Projeto Além do Arco-íris/Afro Reggae. Um quadro que decorre da exclusão sistemática desde o núcleo familiar até as outras instâncias sociais, o que leva à desumanização, precarização da formação e a dificuldades na inserção no trabalho formal, mantendo a população trans em um ciclo de exclusão e violência.

Por meio do movimento dos estudantes trans da UFSC, com o apoio dos trabalhos iniciados anteriormente pela Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade (SAAD), da PROAFE e da PRAE (Pró-Reitoria de Permanência e Assuntos Estudantis), no dia 15 de dezembro de 2022 foi realizado um encontro para a construção de uma minuta para a política de acesso e permanência qualificada para estudantes trans na UFSC. E no dia 23 de janeiro de 2023 foi deliberado o processo e este seguiu para a tramitação nas demais instâncias da Universidade . A previsão é que até o final de abril deste ano esta política seja apreciada pelo Conselho Universitário. Consideramos essa política como uma conquista histórica nas Universidades brasileiras, como uma forma de efetivar a garantia de uma educação pública para todas (todos/todes) como prevê a Constituição Federal Brasileira e as Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, sobretudo para a população trans que tem sido desprovida dos direitos de cidadania. Esse movimento para a regulação desta política testemunha o lema: “Nada sobre nós, sem nós”. 

Gabriela ressalta que esta conquista inicial se materializou com a “transgressão de resistir a uma universidade cisheteronormativa branca”

 

Encontro para a apresentação da proposta de minuta de política de acesso e permanência qualificada para estudantes trans na UFSC, 15 de dezembro de 2022.

 

Encontro para a apresentação da minuta e deliberação para tramitação na UFSC, 23 de janeiro de 2023.

 

As políticas de genero na UFSC não são novidade, por exemplo, desde 2015, por meio da Portaria 59/CUn/2015, é assegurado a possibilidade do uso do nome social para pessoas trans (travestis, transexuais e transgêneros – binárias ou não) em registros, documentos e atos da vida acadêmica, em todos os níveis de ensino e atividade acadêmica. O nome social refere-se à designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica e é socialmente reconhecida. Dados de outubro de 2022 mapeiam 108 estudantes com nome social, em 46 cursos. 

Como a inclusão de nome social pode ser solicitada? Pode ocorrer a qualquer momento do ano letivo, e pode ser realizada até na inscrição para o Vestibular. O uso do nome social requerido constará em todos os registros, sistemas acadêmicos e documentos internos gerados pela Universidade, sem menção ao nome civil.

A UFSC, por meio da CDGEN, tem atuado no enfrentamento da LGBTQIA+fobia e violência contra a mulher. E algumas das intervenções desse trabalho são: a) grupo trans(ita): projeto de extensão de acolhimento voltado às pessoas trans vinculadas a UFSC; b) Entre-laços: roda de compartilhamento entre mulheres; c) Refletindo masculinidades; e d) Acompanhamento de estudantes.

E em breve, a UFSC contará com o Serviço Especializado de Atendimento às Vítimas de Violências (SEAVIs), de modo a oferecer uma escuta e um trabalho qualificado aos sujeitos que têm seus corpos marcados pela injúria e violência, como a violência LGBTQIA+ fóbica.

Com a sua trajetória e finalização do seu doutorado na UFSC, Gabriela relata que para além da obtenção do diploma, que é atravessado pelas políticas de acesso e permanência, há a “sobrevivência” dos sujeitos trans. E faz algumas propostas à UFSC: a) que a UFSC junto à PROAFE construa uma política de empregabilidade com empresas para que as pessoas trans tenham a possibilidade de ingressar em um trabalho formal; b) que se crie cotas para pessoas trans nos editais de concurso público na UFSC, como uma forma de “romper com os estigmas que nos cercam em relação na nossa corporalidade e identidade, as quais influem na não contratação de nosso trabalho mesmo com formação acadêmica”; c) que a política de acesso e permanência de pessoas trans na Universidade seja aprovada, para que “outros sonhos, desejos e utopias possam ser construídas nesse espaço que ainda é muito segregacionista enquanto produção de conhecimento”

A UFSC, opondo-se a uma educação reprodutora de conservadorismos e violências, além de incluir as pessoas trans na sua dinâmica, política institucional e educação, acolhe a diferença como uma forma de manter a Universidade colorida, múltipla e em contínuo movimento rumo à emancipação humana. 

“Quero dizer o quanto me sinto orgulhosa de fazer parte desse trânsito construído por nossas corporalidades e identidades. Claro que há muito ainda o que lutar para que tanto do ponto de vista epistemológico como político haja de fato uma transformação social na universidade. Mas tenho convicção de que muito já foi feito e mas será feito. Mas do que nunca é necessário construir alianças, sensibilizar a instituição e empoderar as pessoas trans para que nossa demanda seja de fato e de direito garantida”.

 

Por: Lucas Emmanoel/equipe da CDGEN e revisado/apoio: karolaine heckler

Yoga Extensão no CED (2022.2)

20/09/2022 08:44

 

Projeto Yoga Extensão oferece aulas de Iyengar Yoga

Dias e horários das aulas: Quarta e sexta de 12h15 às 13h15
Local: Sala do Corpo – Bloco A / CED

DATA DE INÍCIO: 28/09/22

* Duas ou mais faltas injustificadas poderão levar ao desligamento do projeto. Cada caso será analisado individualmente.

>> Sobre as inscrições e seleção

Serão abertas 20 vagas para toda a UFSC.

A inscrição será presencial e a distribuição das vagas se dará por sorteio.

Inscrições serão recebidas dia 23/09 das 12h15 às 13h, no varandão em frente ao Bloco D do CED, seguidas de sorteio.

Quanto às vagas:

20 vagas – 4 para cada categoria:
1- TAEs, 2- docentes, 3- estudantes de graduação, 4- estudantes de pós-graduação e 5- terceirizadas/os, sendo que 50% das vagas seguirão o critério da ampla concorrência e 50% serão destinadas, preferencialmente, às ações afirmativas.

O processo de atribuição das vagas de ações afirmativas será acompanhado por servidoras/es da equipe da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidades (PROAFE), sendo analisados caso a caso.

Parceiros: Projeto de Pesquisa de Yoga na Educação (CED) e Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidades (PROAFE)